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Aleam aprova projeto para renomear a tradicional "castanha-do-Pará"

A medida, que visa destacar a identidade amazônica, gera debate sobre preservação histórica e impacto no mercado internacional.


Aleam aprova projeto para renomear a tradicional "castanha-do-Pará"
Castanha-do-Pará/ Foto: Wix

A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) recentemente aprovou um projeto de lei que propõe alterar o nome da tradicional "castanha-do-Pará" para "castanha-da-Amazônia" no estado do Amazonas. A justificativa apresentada é valorizar a identidade amazônica do produto e fortalecer sua cadeia produtiva, tanto no mercado nacional quanto internacional. A proposta ainda aguarda sanção do governador para entrar em vigor.


Origem do nome "castanha-do-Pará"

Historicamente, o nome "castanha-do-Pará" remonta ao período em que o estado do Amazonas fazia parte da Província do Pará, até 1850. Naquela época, a produção de castanhas era escoada para Belém, onde o fruto ganhou essa denominação. Mesmo após a separação dos estados, o nome permaneceu associado ao Pará, consolidando-se como uma marca cultural e histórica.


Live Amazônia Info 09/04/2025

Argumentos para manter a originalidade do nome


1. Identidade cultural e histórica: O nome "castanha-do-Pará" carrega um vínculo histórico com o estado do Pará e reflete a trajetória de desenvolvimento da região. Alterá-lo pode apagar parte dessa memória coletiva.

2. Reconhecimento internacional: A castanha é amplamente conhecida no exterior como "Brazil nut" ou "castanha-do-Pará". Mudanças na nomenclatura podem gerar confusão no mercado global e prejudicar a comercialização.


3. Valorização regional: Manter o nome original reforça a identidade do Pará como um estado de grande relevância na produção e exportação do fruto, sem desmerecer a contribuição de outros estados amazônicos.


Embora a proposta de renomear a castanha busque destacar a Amazônia como um todo, é importante equilibrar essa intenção com o respeito às raízes históricas e culturais que o nome "castanha-do-Pará" representa. Afinal, preservar a originalidade também é uma forma de valorizar a diversidade dentro da própria Amazônia.

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