Ponte Rio Negro (Jornalista Philippe Daou).
- Andre Araujo
- 17 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de mar.

A Ponte Rio Negro, um marco da engenharia brasileira, começou a ser construída em 2007 e representa um avanço significativo para a infraestrutura da região Norte do Brasil. Com a utilização de aço e cimento em quantidade suficiente para erguer três estádios do Maracanã, a obra foi planejada para resistir às condições desafiadoras do ambiente amazônico. A presença da pozolana, material silicioso anticorrosivo, no concreto utilizado nas estacas e no tabuleiro da ponte, garantiu maior durabilidade frente à acidez das águas do Rio Negro.
A inauguração ocorreu em 24 de outubro de 2011, coincidindo com o aniversário de 342 anos de Manaus. O evento contou com a presença da então presidente Dilma Rousseff, que, além de entregar a obra, anunciou a extensão da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos. Essa decisão fortaleceu a economia local e ampliou os benefícios fiscais para municípios da Região Metropolitana de Manaus, promovendo maior integração e desenvolvimento sustentável na área.
Com 3.595 metros de extensão e um custo de R$ 1,099 bilhões, a Ponte Rio Negro se destaca como a maior ponte estaiada do Brasil sobre um rio, com um trecho suspenso de 400 metros. É também a segunda maior ponte fluvial do mundo, ficando atrás apenas da Ponte sobre o Rio Orinoco, na Venezuela. Sua estrutura imponente possui quatro faixas de tráfego e faixas de pedestres em ambos os lados, garantindo segurança e mobilidade para veículos e pedestres.
Além de seu impacto estrutural, a ponte representa um vetor de desenvolvimento para a região, impulsionando setores como o turismo e a indústria. Municípios como Iranduba e Novo Airão se beneficiaram da conexão direta com Manaus, incentivando atividades econômicas como a produção oleira e o ecoturismo. Para ampliar ainda mais essa integração, o governo do Amazonas planeja a duplicação da estrada AM-070, facilitando o escoamento da produção agrícola e reduzindo a dependência de intermediários comerciais.
A importância da Ponte Rio Negro transcende sua função viária, tornando-se um ícone da arquitetura e da identidade regional. Ao lado do Teatro Amazonas, ela é considerada um dos principais símbolos da capital amazonense, representando a integração dos treze municípios que compõem a Região Metropolitana de Manaus, onde vivem cerca de 2,6 milhões de habitantes. Sua construção simboliza o crescimento econômico e a valorização da infraestrutura no coração da Amazônia.
Em 2017, a ponte foi rebatizada como ‘Ponte Jornalista Phelippe Daou’, em homenagem ao renomado comunicador e fundador do Grupo Rede Amazônica. O Decreto Estadual nº 37.646, assinado pelo ex-governador José Melo, oficializou a mudança como um reconhecimento à contribuição de Daou na divulgação e defesa dos interesses da Amazônia. Sua trajetória como líder na comunicação regional ajudou a fortalecer a identidade amazônica e a dar visibilidade às demandas da região.
A homenagem a Phelippe Daou reforça o papel da ponte não apenas como um elo físico entre cidades, mas como um símbolo do compromisso com o desenvolvimento sustentável e a preservação da cultura local. Sua construção e impacto demonstram como a infraestrutura pode transformar a vida de milhões de pessoas, promovendo crescimento econômico, social e ambiental na Amazônia.
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